Como a inovação tecnológica impulsiona o setor de alimentos
Como o Brasil foi de um importador de alimentos, com uma das dietas alimentares mais baixas do mundo (1968) a um dos maiores exportadores mundiais, liderando na exportação de soja.
Tecnologia e Agricultura
Nos últimos 40 anos, o Brasil elevou sua condição de importador de alimentos para se tornar um grande provedor de alimentos para o mundo. Entre 1975 e 2017, a produção de grãos teve um crescimento de mais de 6 vezes, ao passo que a área utilizada para plantio apenas dobrou. Neste artigo traremos uma compreensão de como isso aconteceu, bem como os desafios que ainda hão de serem enfrentados.
A implementação de tecnologia na agricultura tem o potencial de garantir a segurança alimentar, dispensando a necessidade de grandes áreas para plantio e eliminando a necessidade de desmatar mais para produzir mais. A segurança alimentar diz respeito à disponibilidade de alimento em relação à sua procura.
Veja no gráfico abaixo a relação entre área de cultivo e a produção de grãos no Brasil:

Algumas das principais tecnologias empregadas na agricultura são:
- Agricultura de precisão: essa tecnologia utiliza sensores e softwares para coletar dados sobre o solo, as plantas e o clima. Esses dados são usados para tomar decisões mais precisas sobre o manejo da lavoura, como a aplicação de fertilizantes, agrotóxicos e irrigação.
- Robótica e automação: máquinas e equipamentos autônomos estão sendo desenvolvidos para realizar tarefas agrícolas, como plantio, colheita e irrigação. Essas tecnologias permitem aumentar a eficiência e reduzir o custo da mão de obra.
- Inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina: a IA e o aprendizado de máquina estão sendo usados para desenvolver modelos que podem prever o clima, a ocorrência de pragas e doenças, e a produtividade das lavouras. Esses modelos podem ajudar os agricultores a tomar decisões mais acertadas.
- Internet das coisas (IoT): a IoT permite conectar sensores e máquinas à internet. Essa tecnologia pode ser usada para coletar dados em tempo real, monitorar o status da lavoura e controlar equipamentos remotamente.

Tecnologia e Pecuária
A pecuária experimentou aumentos significativos em sua produção e eficiência. Nas últimas quatro décadas, o número de cabeças de gado bovino no Brasil mais do que duplicou, enquanto a expansão das áreas de pastagem foi quase nula. Em algumas regiões, inclusive, houve uma diminuição das terras destinadas ao pastoreio.
Atualmente, o Brasil assume uma posição de destaque na produção e no comércio de carne bovina a nível global. O país é o segundo maior produtor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e é o líder na exportação, com cerca de 2 milhões de toneladas de carne bovina vendidas para outros países em 2017. É tão significativo que há mais bovinos do que humanos no país (218,23 milhões).
Para explicar esse fenômeno, apresento a
pecuária de precisão:
está relacionada à automação de máquinas, sensores, inteligência artificial, aprendizado de máquinas, aplicativos, entre outros, que tornam a produção mais eficiente. Através de dados coletados em tempo real, os gestores conseguem fazer planejamentos e tomar decisões muito mais assertivas para potencializar a produtividade.
Mas existem outros exemplos de como a tecnologia é empregada na pecuária. Veja a seguir:
- Identificação eletrônica: essa tecnologia permite identificar individualmente cada animal, o que facilita o monitoramento e o manejo da criação.
- Manejo de pastagens: sensores e softwares podem ser usados para monitorar a qualidade e a produtividade das pastagens, o que permite otimizar o uso dos recursos naturais.
- Saúde animal: sensores e softwares podem ser usados para monitorar a saúde dos animais, o que permite identificar precocemente doenças e problemas de saúde.
- Automação: robôs e máquinas autônomas estão sendo desenvolvidos para realizar tarefas na pecuária, como ordenha, alimentação e limpeza.
Desafios
A agricultura passou por processos de modernização de grande importância, no entanto, ainda enfrenta obstáculos significativos. A desigualdade na distribuição de riqueza persiste, com uma pequena parcela de propriedades rurais acumulando a maior parte dos recursos. Além disso, milhões de hectares de solos e pastagens sofrem com degradação, resultado de seu mau uso e pouco esforço para reverter o quadro. Observa-se ainda uma notável ineficiência na utilização de água para irrigação, além de preocupações relacionadas ao uso inadequado de agroquímicos, que representam riscos à saúde e ao meio ambiente.
O papel da tecnologia no impulsionamento da produção de comida
Nos últimos 50 anos, o fator determinante foi o investimento em pesquisa agrícola, que resultou em avanços notáveis nas áreas das ciências, tecnologias apropriadas e inovações. Isso, aliado à eficácia das políticas governamentais e à competência dos agricultores, levou ao desenvolvimento de variedades de soja adaptadas às condições de solo e clima do Brasil, bem como mais resistentes a pragas, através de técnicas de melhoramento genético.
Outra contribuição substancial está relacionada à correção e adubação do solo. As pesquisas indicaram maneiras de otimizar a utilização de corretivos e fertilizantes, possibilitando o cultivo em solos do Cerrado, antes atribuídos como improdutivos.
A utilização de fertilizantes se transformou em um fator crucial, sendo estimado que apenas os fertilizantes nitrogenados tenham contribuído para um aumento de aproximadamente 40% na produção global de alimentos.
Outras abordagens e tecnologias que tiveram um impacto significativo incluem o plantio direto, o zoneamento de riscos climáticos, o manejo de pragas, o controle de plantas daninhas, a mecanização, a rotação de até três cultivos anuais na mesma área e a integração da cultura de soja com atividades pecuárias e florestais. Esses resultados estão diretamente ligados aos investimentos em pesquisa, extensão rural, políticas governamentais e empreendedorismo.
Quando olhamos para a agricultura como um todo, a evolução da produtividade é explicada em grande parte pela tecnologia. No período de 1975 a 2015, os
avanços tecnológicos foram responsáveis por 59%
do crescimento do valor bruto da produção agrícola, enquanto a mão de obra contribuiu com 25% e a disponibilidade de terras com 16%.
Considerações finais
As condições a nível global e nacional indicam um cenário favorável para o contínuo crescimento da produção agrícola do Brasil nos próximos anos. A estimativa da produção de grãos de 2022/2023 já alcança 230,1 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Este número supera em grande escala a previsão da Embrapa de 2017, que previa uma produção de 290 milhões de toneladas de grãos até 2027. A estimativa da Conab referente à produção de carnes em 2023 é um número recorde para o Brasil: 30 milhões de toneladas. Fica pouco atrás da previsão da Embrapa para 2027, que é de 34 milhões de toneladas.
A tecnologia é grande propulsora da produção em diversos segmentos e na agropecuária não seria diferente. A Norion possui forte atuação na área, fornecendo tecnologia de ponta para tarefas cruciais da operação. O K-Stor Edge IOT possui as exigências ideais para instalação em locais diversos, sendo resistente a ambientes hostis e possui aplicações múltiplas. Veja a seguir algumas delas:
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- Produção agrícola automatizada;
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